domingo, 28 de junho de 2009

Eco Juta - Locomotiva

Féeeerias, enfim! Antes que digam que meu blog está entregue às traças (rsrs!), quero me defender dizendo que SOBREVIVI à entrega do projeto interdisciplinar - é bem verdade que fiz corpo mole o semestre inteiro e em 3 dias (e noites viradas) terminei o bichinho, com a qualidade própria dos trabalhos que são feitos às pressas e com os olhos cansados de tantos pixels à frente. Minha professora de natação, quando eu treinava, já filosofava... "se a cabeça não pensa, o corpo paga." Nunca achei que isso fosse tãão verdadeiro...

Mas hoje eu não estou aqui pra falar do meu projeto, ou das noites não dormidas por conta de vadiagem anterior, muito menos da professora de natação. Bateu um saudosismo hoje quando eu conheci um produto chamado Eco Juta, da Locomotiva, marca do grupo Alpargatas (a mesma das Havaianas, lembra??). O porquê do saudosismo? Quando eu era criança, nós morávamos numa região essencialmente agrícola do Rio Grande do Sul, e sempre que viajávamos de carro passavam aqueles grandes caminhões carregados de soja, cobertos por uma lona onde se lia LONIL - LOCOMOTIVA. Pois a tal Locomotiva voltou a aparecer na minha vida, dessa vez sob a forma de uma juta ecológica, se podemos assim chamá-la.

O produto foi usado num ambiente criado por João Armentano para a Casa Cor SP desse ano. Ele ergueu uma tenda de perfis metálicos em um espaço de 160 m², forrando o teto com a Eco Juta, que é um material 100% correto, pois se decompõe em apenas 2 anos, ao contrário dos 100 anos que pode demorar a decomposição do poliéster. Além disso, sua produção é feita por populações ribeirinhas da Amazônia, o que garante o sustento dessas famílias e ainda não agride o meio ambiente, pois dispensa o uso de fertilizantes e defensivos.


Segundo o fabricante, a Locomotiva Eco é a primeira linha de lonas ecológicas com aspecto sofisticado desenvolvida no Brasil. Além da Eco Juta, também compõem esta linha a Eco Reciclada e a Eco Algodão Colorido, e toda a linha é destinada especialmente para a confecção de malas e bolsas de viagem, calçados, revestimentos de móveis e almofadas.


E a gente que pensava que lona era coisa pra cobrir caminhão... rs!
No site da empresa achei bem pouquinha informação, na Casa Cláudia está mais interessante ;-)

Fonte: Revista Casa Cláudia - junho/2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sem limites para o luxo... e para a inovação!

Acabei de encontrar esse artigo. E ainda estou de boca aberta! Por que que quando a gente dá de cara com esse tipo de coisa, sempre vem a lembrança de alguém? (risos)

Descobri essas banheiras numa página do WebLuxo e resolvi pesquisar. Aí fui saber que a italiana Sicis, empresa especializada em mosaicos, que "vê o mosaico não apenas como azulejo, mas como um meio de comunicação, uma expressão de tendências, moda e estilo de vida" como ela própria define, possui uma linha de banheiras incríveis, revestidas com mosaico e com um design, digamos, nada convencional. O exemplo mais interessante é a linha Audrey, cuja inspiração foi a sensualidade dos sapatos de salto alto. Ou, como li em um outro site estrangeiro (sorry, não me lembro mais onde foi), algo parecido como "a sra. Hepburn vai relaxar depois de um loongo dia na Tiffany's" (risos). Confira!


As banheiras em forma de sapato são totalmente cobertas de mosaicos de vidro, disponíveis nas cores roxo e prata, estampadas com motivos genuinamente femininos, como laçarotes, borboletas e flores, tudo com muito brilho. Na parte superior (ou no "calcanhar"), existe um dispositivo que faz com que a água caia em cascata (!!!!).










A empresa também tem outras linhas de banheiras, como a Maxima e a Sultan (foto abaixo), que são divinas. Uma aposta nada minimalista para o seu banheiro!

Saiba mais no site da empresa: www.sicis.it, dá pra ver o catálogo completo, com a peça inserida em um ambiente criado especialmente para ela. Um luxo! E, naturalmente, as outras linhas de produtos da empresa. Vale tirar um tempinho.

Os preços não foram divulgados, mas achei em um site chamado H.O.M.E. uma informação de que essa verdinha aí de cima custaria 11.000,00 euros. Alguém duvida??

Fonte: www.webluxo.com.br

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Quem é... BURLE MARX

Já que estamos com a mão na massa (risos), vamos em frente!


Roberto Burle Marx foi um dos maiores paisagistas do nosso século, distinguido e premiado internacionalmente. Artista de múltiplas artes, foi também, desenhista, pintor, tapeceiro, ceramista, escultor, pesquisador, cantor e criador de jóias, sensibilidades que conferiram características específicas a toda a sua obra.

Nasceu em São Paulo em 4 de agosto de 1909, passando a residir no Rio de Janeiro a partir de 1913. De 1928 a 1929 estudou pintura na Alemanha, tendo sido freqüentador assíduo do Jardim Botânico de Berlim, onde descobriu, em suas estufas, a flora brasileira. Seu primeiro projeto paisagístico foi para a arquitetura de Lúcio Costa e Gregori Warchavchik, em 1932, passando a dedicar-se ao paisagismo, paralelamente à pintura e ao desenho. Em 1949, com a compra de um sítio de 365.000 m2, em Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro, organizou uma grande coleção de plantas. Em 1985 doou esse sítio, com todo o seu acervo, à extinta Fundação Nacional Pró Memória, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. Em 1955 fundou a empresa BURLE MARX & CIA LTDA., pela qual passou a elaborar projetos de paisagismo, fazer a execução e manutenção de jardins residenciais e públicos. Desde 1965, até seu falecimento, contou com a colaboração do arquiteto Haruyoshi Ono. Roberto Burle Marx faleceu no dia 4 de junho de 1994, no Rio de Janeiro, aos 84 anos.




Fonte: www.burlemarx.com.br

Mas eu gostei mais da biografia no site da TV Cultura (http://www.tvcultura.com.br/):
A história do paisagismo brasileiro, a partir de 1930, está ligada à obra mundialmente famosa de Roberto Burle Marx. É um dos brasileiros mais consagrados no exterior em todos os tempos. Nascido em São Paulo em 1909, Roberto Burle Marx muda-se ainda menino para o Rio de Janeiro. Aos 19 anos, viaja para a Alemanha para se aperfeiçoar como desenhista. E é lá que, casualmente, descobre a beleza das plantas tropicais, numa visita ao Jardim Botânico de Dahlen. De volta ao Brasil, Burle Marx começa a cultivar, colecionar e classificar plantas num jardim na encosta do morro, atrás de sua casa.



Seu primeiro trabalho como paisagista é feito a pedido do arquiteto e amigo Lúcio Costa, no início dos anos 30. Burle Marx projeta um jardim revolucionário, usando plantas tropicais e a estética da pintura abstrata. O começo é difícil. Os jardins brasileiros obedecem ao modelo europeu: predominam azaléias, camélias, magnólias e nogueiras. A elite conservadora da época estranha o estilo abstrato e tropical de Burle Marx. Mas a renovação nas artes e na arquitetura é uma tendência mundial e irresistível nos anos 30. Burle Marx torna-se adepto da escola alemã Bauhaus, com seu estilo humanista e integrador de todas as artes. No Brasil, um grupo de jovens arquitetos, profundamente influenciados pela corrente francesa liderada por Le Corbusier, revoluciona a arquitetura. Entre eles, Oscar Niemayer e Lúcio Costa.




A moderna arquitetura brasileira usa novos materiais. Aço, vidro e concreto pedem um paisagismo renovador. A associação entre Burle Marx, Niemayer e Lúcio Costa não pára mais. Apaixonado pela flora brasileira, realiza incontáveis viagens por todo o país à procura de plantas raras e exóticas. Pouco a pouco, torna-se botânico autodidata, especialista em plantas tropicais. A relação de Burle Marx com a natureza é quase religiosa. Sua reverência ao verde torna-o pioneiro na luta pela preservação do meio ambiente.




Roberto Burle Marx é um artista polivalente. Pintor, designer, arquiteto, paisagista, artista plástico, tapeceiro. Nas horas vagas canta música lírica para os amigos. Sua obra como artista plástico é amplamente reconhecida e premiada em mostras e salões internacionais. Pouco a pouco, o nome de Burle Marx paisagista ultrapassa as fronteiras do Brasil. Sua assinatura brilha em milhares de projetos espalhados pelos cinco continentes.

Sua grande paixão, contudo, sempre foi o Brasil, sobretudo o Rio de Janeiro. Nos mais belos cartões postais da cidade estão os jardins de Burle Marx. O Largo da Carioca, a orla do Leme, o calçadão de Copacabana, os jardins suspensos do Outeiro da Glória, e a menina dos olhos do artista: o Aterro do Flamengo.

Do trabalho conjunto com Oscar Niemayer e Lúcio Costa nascem o Parque da Pampulha, em Minas Gerais, e os famosos jardins de Brasília. Entre suas obras mais expressivas estão os jardins do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Em 61 anos de carreira, Burle Marx assina mais de dois mil projetos e recebe inúmeras honrarias. Mas a homenagem que mais o sensibiliza é ver seu nome designando uma espécie de plantas tropicais: "Burle Marxii".




Em 1972, Burle Marx muda-se para o sítio Santo Antônio da Bica, nos arredores do Rio de Janeiro. Dedica-se à pintura, coleciona obras de arte e cultiva, ao longo de mais de vinte anos, três mil e quinhentas espécies de plantas do mundo inteiro, criando um verdadeiro Éden Tropical. Em 1985, doa a propriedade ao governo federal. Seu grande sonho é criar ali uma escola para jardineiros e botânicos, e abrir o sítio à visitação pública. Mas é somente após a sua morte, ocorrida em 1994, aos 82 anos de idade, que os seus últimos projetos florescem. Graças ao empenho de sua equipe, o sítio, agora batizado com o seu nome, recebe visitantes do Brasil e do mundo. E ecologistas, paisagistas e jardineiros podem freqüentar cursos regulares, ministrados em meio às plantas que o próprio Roberto Burle Marx cultivou.




Estou arrepiada!

Sustentabilidade em evidência

(Já não era sem tempo...)

Sustentabilidade é um assunto controverso. Ao mesmo tempo que todo mundo fala nisso, todo mundo quer ser "ambientalmente responsável", quantos de nós separam o lixo em casa? (Na minha, pelo menos, é uma briga constante...) Quantos de nós trocam as lâmpadas incandescentes comuns por econômicas? (ok, elas são mais caras, mas o retorno compensa o investimento!) Quantos diminuíram o tempo debaixo do chuveiro (apesar do frio brrrrr!) Quantos trabalham para reduzir o desperdício, de modo geral? Quantas de nós doam uma bolsa antiga quando compra uma nova? ("aliás, nem precisava de uma nova, já tenho tantas, mas essa é tão linda, eu não podia deixar de comprar...") Quantos de nós pesquisam sobre as políticas ambientais dos fabricantes antes de adquirir algum produto? A propósito, eis o termo aqui novamente, "comprar", "adquirir"... eu honestamente tenho repensado minhas escolhas, tenho procurado pensar vááárias vezes antes de comprar MAIS UM sapato, MAIS UMA bolsa, MAIS UM equipamento eletrônico. Até porque hoje em dia as casas (e os closets) estão cada vez menores, não tem espaço pra guardar. E ninguém quer ser um eco-chato, mas quer saber? Faz bem pensar nessas coisas. Faz bem pro bolso, faz bem pra consciência, e faz muito bem pro planeta! ;-)

Pois então, sustentabilidade está na moda. Taí a Casa Cor que não me deixa mentir. A edição 2009 da feira, que começou em 26 de maio e vai até 14 de julho em São Paulo, tem o tema "Sustentabilidade" e homenageará o centenário do nascimento do consagrado paisagista Roberto Burle Marx. Dele eu falo outro dia, pois merece um 'post' específico na nossa coluna "Quem é..." (risos).

Achei um artigo bem legal sobre o assunto (sustentabilidade, não Casa Cor rs!) que reproduzo na íntegra pra vocês:


Construindo um mundo sustentável
por Sarah Lee, redação ONNE


“Sustentabilidade” é um desses termos que você não entende exatamente o que é, mas sabe que é importante porque sempre ouve falar. Especialmente agora, com a repercussão das discussões e solenidades do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado todo ano no dia 5 de junho.Para aproximar esse assunto da sua realidade e do seu dia-a-dia, o ONNE consultou duas profissionais das áreas de arquitetura e paisagismo para tentar simplificar e explicar, na prática, o que é a tal da sustentabilidade, começando por um tema que com certeza é de seu interesse: a sua casa.

O que define se o seu lar, doce, lar, é sustentável? Do ponto de vista arquitetônico, basicamente... Tudo! Para a arquiteta paisagista Beatriz Fernandez Mera, da Mera Arquitetura e Paisagismo, “a sustentabilidade na arquitetura está presente desde a elaboração do projeto”. Isso engloba desde “detalhes construtivos, escolha dos materiais e preocupações com seus resíduos durante a obra até a preocupação do dia a dia do seu usuário, como o local adequado para a armazenagem do lixo para reciclagem e procedimentos para evitar o desperdício dos recursos hídricos”, ela esclarece.


Evitar o desperdício é chave também para a arquiteta Ana Cristina Moraes Barbosa, da Montagem Arquitetos: “Sempre focamos em nossas obras e orientamos os clientes sobre a importância da reutilização de materiais que de início podem parecer descartáveis”, ela diz. Ela acrescenta que é importante também “conhecer profundamente as condições ambientais regionais de cada projeto e propor soluções que além de econômicas e locais respeitem o meio ambiente e o futuro da nossa sociedade”.Mesmo com esse nobre objetivo, porém, nem sempre as pessoas “abraçam” projetos de proposta sustentável assim, logo de cara. Ana Cristina acredita que essa resistência é uma questão cultural e de falta de conscientização. “Realmente eles não pensam em investir nesta área; por exemplo, para montar uma rede de reuso de água devemos construir uma rede hidráulica diferenciada prevendo este reuso”, ela diz, citando os preços “nem sempre economicamente atrativos” como outro obstáculo.


Beatriz Fernandez também cita esse problema nos projetos sustentáveis; isso porque os custos elevados para execução de alguns detalhes construtivos sustentáveis “terão retorno financeiro apenas depois de alguns anos”.E então? Sustentabilidade é um assunto menos complicado do que parecia, mas não tão simples de ser aplicado, não é mesmo? Mas agora que o básico já está esclarecido, cabe a você aplicar os conceitos e discussões do Dia Mundial do Meio Ambiente aos 365 dias do ano!"

quarta-feira, 3 de junho de 2009

90 anos de Bauhaus

Olhaaaaaa!

Achei esse vídeo fuçando no site da SCDesign (abre parênteses: que expressão feia, na verdade eu estava "pesquisando", empolgada depois da palestra da prof. Aletéa sobre o Salão de Milão - arrasou! : fecha parênteses), é do Arquivo N da Globonews numa reportagem em comemoração dos 90 anos da Bauhaus, a escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha e que foi uma das primeiras escolas de design do mundo (arrisco dizer que foi a mais importante, segundo meu humilde e ainda incipiente conhecimento).

O vídeo é meio demoradinho, tem pouco mais de 20 minutos de duração, mas vale dar uma olhada com calma.


No detalhe, a cadeira Wassily, de Marcel Breuer, criada em homenagem a seu colega de Bauhaus, o professor Wassily Kandinsky.